Localizado na região central de Goiânia, o Setor Universitário abriga um dos
símbolos da capital, a Praça Honestino Guimarães, mais conhecida como Praça
Universitária. Planejada em 1930 pelo arquiteto Atílio Corrêa Lima, e construída em
1969, o espaço aglutina faculdades ao seu redor e, há décadas, é palco de grandes
manifestações, congressos e shows, além de abrigar feiras livres e comércios.
Outro diferencial da praça é que ela é Patrimônio Histórico e Cultural de Goiás e
foi o primeiro espaço público que abriu para receber obras de arte e é considerado um dos
maiores museus a céu aberto da América Latina. Abriga 26 esculturas produzidas em
diversas técnicas, como bronze, argila e concreto, além de intervenções urbanas, a
exemplo de grafites. As peças dispostas na Praça Universitária possuem formatos
diferentes para representar animais, mulheres, seres mitológicos, objetos futurísticos e
feições geométricas. Além da arte e aspectos naturais, o espaço abriga o Palácio da
Cultura e a Biblioteca Marietta Telles Machado.
A Praça Universitária tornou-se também um grande referencial da cidade por
reunir diversas manifestações sociais, culturais e políticas. Por estar muito próxima às
universidades, já foi palco de protestos do movimento estudantil. Justamente por esse
histórico, a praça recebe o nome de Honestino Guimarães, que foi um jovem, ex-
presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), ex-aluno do curso de geologia da
UnB, que vivia na clandestinidade por ser perseguido pela ditadura militar e que no dia
10 de outubro de 1973, após ser preso pela sexta vez, no Rio de Janeiro, ele nunca mais
foi visto.
O local é, comumente, apreciado por moradores da região que utilizam as pistas
de caminhada e áreas verdes para a prática de esportes. As lanchonetes, por sua vez, são
frequentadas diariamente e, aos domingos, em virtude da feira livre.
Por Débora Irineu